Parece uma história interminável. Depois de nove meses de negociações, vários ultimatos, vários prazos esgotados e outros tantos estendidos, as negociações continuam. O “Brexit” é uma espécie de combate de wrestling. Com movimentos espectaculares e golpes violentos, mas cuidadosamente encenados e, obviamente, falsos. E é por isso que ambos os combatentes podem exibir a sua força, podem até cantar vitória, mas sem que ninguém se magoe. A estratégia negocial é ameaçar com a ruptura e credibilizar a ameaça, isto é, fazer crer à outra parte que se está preparado para romper e para pagar o preço da ruptura. Mais, que se está mais bem preparado do que o outro para superar os custos da ruptura. Mas, em boa verdade, ninguém está interessado nela. Porque ambos ficariam a perder. Talvez mais o Reino Unido, em que 46% das suas exportações vão para o mercado europeu, enquanto apenas 18% das exportações da União Europeia vão para o mercado britânico. Mas uma coisa é certa: o dano era grande para ambas as partes. E é por isso que, apesar das ameaças, ninguém quer romper e as negociações continuam.
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