Borrell queria um “diálogo franco” com a Rússia. Os que conhecem bem Putin fartaram-se de o avisar. Fez ouvidos moucos e foi para Moscovo. Não teve o diálogo franco, mas levou uma boa lição. Sobre o que é a diplomacia e a política externa. Não ousou pedir a Putin, mas pediu para falar com um vice-primeiro ministro. Foi-lhe recusado. Não percebeu o sinal. Partiu de Bruxelas sem nada na bagagem. Sem objectivo nem estratégia, sem consenso nem sanções. Só com a ideia vaga de afastar a “retórica negativa” e exigir a libertação de Navalny. Pois, pediu para se encontrar com Navalny e Lavrov respondeu-lhe que fizesse o pedido pelos canais próprios, ou seja, os tribunais. Teve que arranjar uma desculpa para não ver o dissidente. Que, durante a própria visita de Borrell, estava a ser submetido a um segundo julgamento.
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